quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Origem do Drama Barroco Alemão
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Algumas Reflexões Sobre Diplomacia
(Maurício Nabuco, Algumas reflexões sobre diplomacia, 1955, p. 11)
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Máximas e Reflexões
(Goethe, Máximas e Reflexões, máxima 1.390)
Humano Demasiado Humano
(Nietzsche, Humano Demasiado Humano, aforismo 265)
Humano Demasiado Humano
(Nietzsche, Humano Demasiado Humano, aforismo 279)
sábado, 27 de novembro de 2010
(entrevisto em um ônibus)
Machado de Assis
Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela !
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
- Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
- Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela
claridade imortal, que toda a luz resume !
Mas o sol, inclinando a rutila capela:
- Pesa-me esta brilhante aureola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Reflexões e Máximas
"Somos demasiado desatentos, ou ocupados demais com nós-mesmos para nos determos nos outros. Quem já viu mascarados dançando amigavelmente num baile, dando-se as mãos sem se conhecerem, se separarem no instante seguinte e não mais se verem ou sentirem falta um do outro, pode ter uma idéia do mundo."
(Vauvernagues, Reflexões e Máximas, Editora Paraula)
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Máximas e Reflexões
Os tons ecoam, mas a harmonia permanece. Os cidadãos de uma tal cidade passeiam e tecem entre melodias eternas; o espírito não pode afundar, a atividade não pode adormecer, o olhar assume a função, a tarefa e o dever do ouvido, e os cidadãos nos dias mais comuns se sentem em uma condição ideal: sem reflexão, sem perguntar pela origem, eles se tornam partícipes do mais elevado gozo ético e religioso. Se as pessoas se acostumarem a entrar e sair da basílica de São Pedro, elas vão se deparar com um sentimento análogo ao que ousamos exprimir.
Em contrapartida, o cidadão em uma cidade pessimamente construída, onde o acaso varreu com uma triste vassoura todas as casas umas para junto das outras, vive inconscientemente no deserto de um estado pessoal sombrio. Não obstante, o estrangeiro que entra na cidade se sente bem, como se ouvisse gaita, flautim e rufar de tambores e precisasse se preparar para assistir às danças de ursos e saltos de macacos.
(Goethe, Máximas e Reflexões, Forense Universitária, 2003, p. 119-120)
Aforismos
(Lichtenberg, Aforismos, Editorial Estampa, 1974, p. 31)
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Máximas e Reflexões
(Goethe, Máximas e Reflexões, p. 146, Ed. Forense Universitária, 2003)
Carta sobre a Felicidade (a Meneceu)
(Epicuro, Carta sobre a Felicidade (a Meneceu), p. 21-23, Ed. UNESP, 2002)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Pêcheur d'Islande
(Pierre Loti, Pêcheus d'Islande - ainda não tive tempo de traduzir)
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Schopenhauer Educador
(Nietzsche, III Consideração Intempestiva - Schopenhauer Educador)
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Ternura
Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar
[ extático da aurora.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Eu & Outras Poesias
Solilóquio de um Visionário
Para desvirginar o labirinto
Do velho e metafísico Mistério,
Comi meus olhos crus no cemitério,
Numa antropofagia de faminto!
A digestão desse manjar funéreo
Tornado sangue transformou-me o instinto
De humanas impressões. visuais que eu sinto,
Nas divinas visões do íncola etéreo!
Vestido de Hidrogenio incandescente,
Vaguei um século, improficuamente,
Pelas monotonias siderais...
Subi talvez ás máximas alturas,
Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras,
É necessário que ainda eu suba mais!
(Augusto dos Anjos, Obra Completa, 1996, p. 232, Ed. Nova Aguilar)
Também disponível em: http://migre.me/26urJ
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Carlota em Weimar
O homem tem de se transformar em ruína. Mas é uma coisa grande e maravilhosa essa ruína e essa idade, e uma invenção risonha da bondade eterna que o homem esteja contente com suas condições e que estas consigam adaptar-se a ele, que esteja de acordo com elas e que sejam tão suas quanto ele é delas. Você envelhece, torna-se um ancião e contempla com benevolência, mas com certo menosprezo, a juventude, o povo composto de pardais. Gostaria de voltar a ser jovem, voltar a ser o pardal de então? O pardal escreveu Werther com uma leveza ridícula, mas já era alguma coisa, para a idade. Mas viver e envelhecer! Isso é que é. Todo o heroísmo consiste em perdurar, na vontade de viver e de não morrer, isto é, só a velhice chega à grandeza. Um jovem pode ser um gênio, mas não pode ser grande. A grandeza está somente no poder, com o peso permanente e o espírito da velhice. Poder e espírito, essa é a velhice e a grandeza, e também o amor. Que é o amor juvenil diante do poder espiritual do amor da velhice? Que festa de pardais não é o amor da juventude diante desse galanteio desvanecedor que a graciosa juventude experimenta quando é escolhida amorosamente pela grandeza da velhice e a eleva, e enfeita sua delicadeza com um poderoso sentimento espiritual, diante da felicidade colorida com que brilha a grande velhice, assegurada na vida, quando a juventude a ama? Obrigado, bondade eterna! Tudo se torna cada vez mais belo, mais significativo, mais poderoso e mais solene. E assim por diante!
A isso eu chamo restabelecer-se. Se o sonho não pode fazê-lo, o pensamento o fará.
(Thomas Mann, Carlota em Weimar, p. 250-251, Ed. Nova Fronteira)
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
A Biblioteca de Babel
"A Biblioteca existe ab aeterno. Dessa verdade, cujo corolário imediato é a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. O homem, o bibliotecário imperfeito, pode ser obra da sorte ou dos demiurgos malévolos; o universo, com sua elegante dotação de prateleiras, de tomos enigmáticos, de escadas infatigáveis para o viajante e de latrinas para o bibliotecário sentado, somente pode ser criação de um deus. Para perceber a distância que há entre o divino e o humano, basta comparar estes rudes símbolos que minha mão falível garatuja na capa de um livro, com as letras orgânicas do interior: pontuais, delicadas, negríssimas, inimitavelmente simétricas." (Jorge Luís Borges, “A Biblioteca de Babel”, Ed. Abril, 1972, p. 86)
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
A Imaginação
A imaginação parece, na verdade, não possuir leis, talvez seja como um sonho em estado de vigília, que oscila incondicionalmente de um lado para o outro. Mas para possuí-la é preciso regrá-la de diversas maneiras, mediante o sentimento, mediante incentivos éticos, mediante necessidades do agir [?] e da maneira a mais feliz mediante o gosto, por meio do qual a razão se apodera de cada matéria e de todos os elementos.
(Goethe, A Imaginação, Escritos Sobre Arte, p. 255)